domingo, 9 de julho de 2017

O que fazer depois da Conversão???



O que fazer depois da conversão de alguém que não conhecia o Altíssimo, que vivia morto em seu vazio existencial, uma vida ‘morta’ sem sentido, buscando preencher sua alma com os prazeres carnais. Se converte ao ouvir a voz do Espírito, se quebranta, o coração sente algo que nunca sentira antes, valores que, até então, não os conhecia. Se converte e passa a viver de forma santa, caminhando de maneira totalmente oposta ao mundo, cheio do Espírito do Senhor, frequentando a Casa do Senhor com alegria.

Mas, então vem a questão: o que fazer depois da conversão? Viver se santificando?
O que fazer depois da conversão? Esperar a volta do Senhor?

Me vem à mente o ‘ide’.
Ecoa ide, ‘ide, fazei discípulos’ (Mt 28.19)

A (grande) missão da Igreja é: ir e fazer discípulos; que receberão a missão e serão os próximos discipuladores. A igreja existe para adorar o Senhor e, alcançar o perdido, tornando-o discipulo/discipulador. Isso é Igreja! É cíclico.

Quando alguém se converte, começa a frequentar uma denominação cristã, com sua liturgia de culto, seus ritos e símbolos. Porém, Igreja, não é tão somente isso; mas é muito mais que isso. Se analisarmos a história da igreja, desde Atos 2, perceberemos que não havia essa ideia que temos de igreja como um local ‘social’ de cultuar ao Senhor. A igreja era a união dos servos (agora filhos) independente de onde estavam, eram a Igreja.
A visão ‘minha’ denominação não existia, havia um povo que vivia e pregava Cristo. Um povo que creu que Jesus era (é) o Cristo. Um povo que tinha sua vida pautada nos ensinos do Mestre. Eles eram identificados por serem seguidores do Caminho (Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho Jo 14.6). Foram chamados de cristãos por serem/viverem como Cristo.
Não havia a distinção entre Paulo, Pedro, Timóteo, Lucas ou qualquer outro discípulo, pois; o centro de tudo residia em um tão somente, Jesus o Senhor. Não havia cristão reformado, pentecostal, neopentecostal, ortodoxo, luterano, batista, metodista, enfim. Não estou criticando as denominações, em absoluto. O que desejo é que cada cristão obedeça ao Senhor, no que tange ‘ser’ Igreja. Muitos de nós, chamados de cristão, não temos entendido que o Senhor não nos chamou para ficarmos entre quatro paredes (as quais chamamos ‘igreja’), mas para sermos Igreja; aquela qual tem uma promessa que nos qualifica à vitória no IDE de Jesus, que é ‘edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela’ (Mt 16.18).

Isso denota que o inferno tenta fechar as portas para que não avancemos contra e, possamos saquear trazendo os despojos da guerra; neste caso pessoas. São seres humanos que estão aprisionados em cadeias infernais, vidas que satanás tem trazido acorrentado. E, há somente uma forma de alcançar os perdidos, que é a obediência na convocação do Mestre quando o mesmo nos manda ‘‘ide, fazei discípulos’.

Não há Igreja denominacional (embora haja ‘i’greja denominacional). A Igreja é o corpo mítico de Cristo (que é a cabeça). E, fazendo a leitura bíblica percebe-se (é evidente) que Jesus, quando aqui esteve, se preocupou em pregar/ensinar para que as pessoas fossem libertas das forças das trevas. Se estudamos as Escrituras, ficará evidente e urgente, que devemos sair das quatro paredes e irmos até o perdido. Não foi isso que Jesus fez quando desceu/saiu da morada celestial? Desceu até nós (perdidos) e pregou trazendo a salvação? Não é isso a vontade do Senhor? Que se vá até o perdido? Não é isso o IDE do Senhor à Igreja?

Muitos de nós entendemos o IDE de Jesus como um chamado à Igreja, porém, não é um chamado, antes é, uma ORDEM. O chamado é ao perdido ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei’ (Mt 11.28). Mas, a questão é ‘como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?’ (Rm 10.14).
E quem é que prega, senão a Igreja?

Então, o que fazer depois da conversão?
Senão, ir até o perdido e direcionar o Caminho?

Fica este texto para reflexão da Igreja.
Vagner Oliveira