quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Jovens Cristãos






A geração de hoje tem se corrompido pelos prazeres que o mundo tem apresentado, isso todos nós (cristãos) sabemos. Mas, pior que o mundo corrompido (e muito pior), é a corrupção que tem adentrado as portas das igrejas, pois sabemos que ‘o mundo inteiro jaz no Maligno’ (I Jo 5.19). 

Agora; temos presenciado uma geração de jovens cristão que aparentemente são cristãos militantes, fazem parte de uma denominação evangélica, participam do grupo de louvor, estão engajados nos trabalhos da igreja, alguns são líderes de departamentos, outros até pregam nos altares de suas igrejas. E, a vista de tudo isso, muitos estão felizes pela vida desses, acreditam que o importante é que estejam na igreja e não participando das coisas deste mundo.

Porém, me incomoda muito ver que essa mesma geração de jovens tem tido um relacionamento com a igreja ao mesmo tempo que tem se relacionado abertamente com o mundo. A juventude de muitas igrejas tem tido um modo de vida que é semelhante ao viver mundando: suas vestes, suas falas, seus pensamentos, seus compromissos, seus ideais, tudo que o mundo faz; muitos jovens cristãos o fazem.

Com essa era relativista, em que nada é absoluto, se despreza os preceitos eterno (eterno é absoluto). Assim, com a alegação de estamos em outros tempos, os jovens têm praticado coisas que nada mais é que o viver segundo suas próprias concupiscências (II Tm 4.3). 



As jovens usam ROUPAS SENSUAIS atraindo para si os olhares masculinos. Veja o que Gálatas 5 diz sobre tal comportamento: ‘Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, ...não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.’ (vs 19,21).

Que tipo de roupas são essas? Respondo: roupas justas como calça legue, ou mesmo o jeans, sem o uso adequado de outra peça que cubra melhor o corpo, pois fica evidente todas as curvas femininas, levando à cobiça masculina, tanto de homens solteiros como casados. Saias tão justas que desenham o corpo, ou saia com abertura que evidencia as pernas. Decotes que deixam a mostra parte dos seios. Blusinhas mostrando a barriga. Roupas transparentes.

Essas peças de roupa tem um propósito simples: atrair olhares. Assim a jovem comete o pecado de lascívia (característica de quem tem despudor, quem tem modos libertinos, libidinosos, que tem caráter lascivo, ou seja, que é sensual, libidinoso, desregrado. Frequentemente a palavra lascívia está relacionada com a palavra volúpia - grande prazer sexual). E não para por aí, pois se um jovem solteiro a desejar sexualmente, ele terá cometido o pecado da cobiça; agora se um casado a desejá-la sexualmente, terá ele cometido pecado de adultério, segundo Jesus, quando disse ‘ ...qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela’ (Mt 5.28). E esses pecados motivados pela vestimenta de uma cristã! Agora veja o que Jesus diz: ‘É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!’ (Lc 17.1). Ou seja, todo aquele que faz com que venham escândalos terão que prestar contas ao Senhor.

Claro que o mesmo ocorre com o sexo masculino ao vestir roupas que despertem os desejos sexuais das jovens da igreja, o princípio é o mesmo, o pecado é o mesmo. Cuidado jovem com a moda ao usar roupas que não sigam os padrões bíblicos de Dt 22.5 “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao SENHOR, teu Deus”.
(Obs.: não usar este versículo para impor o uso de determinada roupa, como algumas igrejas fazem ao dizerem que é pecado a mulher usar calça. O verso, simplesmente diz que, deve haver uma clara distinção de vestimenta masculina e feminina. Na época havia túnicas, porém, haviam túnicas masculinas e femininas. O mesmo ocorre atualmente, há calças masculinas e femininas).


A forma como os jovens têm usado sua LINGUAGEM (modo de falar), em nossos dias, em nada tem se diferenciado da linguagem do mundo secular. Não estou dizendo que se deva usar um ‘evangeliquês’, uma linguagem religiosa, ou algo do tipo. Mas, deve haver diferença na forma de se expressar: sem obscenidades, sem palavrões, sem mentiras, sem malícias, enfim; a forma de expressão vocal deve transmitir o que cremos. A Bíblia nos exorta a termos cuidado com nossas palavras, em Efésios 5.3,4,6,7, é dito Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes, coisas essas que não convêm... Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais participantes com eles.” 

Veja que não devemos participar destas atitudes que ‘são dos filhos da desobediência’ e, que a ‘ira do Senhor vem’ por tais comportamentos. Por isso, não se deve ter em seu vocabulário mentiras (Jo 8.44). Em um mundo em que predomina a mentira em todos os meios sociais (onde até líderes cristãos mentem) o cristão de ser exemplo da vida de Cristo, o qual disse “eu sou a verdade’.




Também há os muitos COMPROMISSOS dos tempos modernos que envolvem a todos, mas que fascinam os jovens de maneira sedutora. Há compromissos legítimos, porém o que chama a atenção, é o grande interesse pelas preocupações do presente século, que é um tempo humanista – egocentrista (condição ou estado de espírito do egocêntrico. Tem origem no grego, sendo a junção de egôn e kêntron, que significa "eu no centro". O egocentrismo consiste em uma exaltação excessiva da própria personalidade, fazendo com que o indivíduo se sinta como o centro da atenção). Esta visão de mundo é antibíblica, pois tira o centro que é o Deus criador e redentor e, coloca as questões pessoais em primeira perspectiva (o Homem passa a ser o centro). É a mesma estratégica que a serpente usou ao tentar Eva, desviando-a da vontade de Deus e centrando-a em sua própria vontade. Os jovens têm muito interesse naquilo que não é do ‘alto’ e, pouco compromisso com a leitura bíblica, oração, jejum, culto bíblico (excluindo ‘culto show’), compromisso missionário/evangelístico.

O apóstolo Paulo, em I Tm 4.12-16 diz: Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar, ... Não desprezes o dom que há em ti, ... Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem

E, por último (não necessariamente nesta ordem) temos OS IDEAIS dos jovens cristãos. Qual motivação de vida que os jovens têm na presente época?

Muitos têm como objetivo a carreira profissional (a qual busca-se através dos estudos), o casamento, o ser famoso em determinada atividade, buscam realizar feitos de grande relevância, buscam reconhecimento em seu meio social, todos - ou, quase todos – buscam diversão, também há os que ‘não estão nem aí com nada’.

Mas, a questão é: E O REINO?

Todo cristão faz parte do Reino de Deus e, como todo reino, tem normas de conduta de seus cidadãos. Há leis que regem o Reino. E, por tanto, todo jovem cristão, deve se enquadrar neste Reino que é regido pelo Senhor, através das Escrituras.
Nosso ideal é servir ao Reino do Senhor na Terra, agora e, por toda a eternidade; servindo à vontade do Senhor, aqui-agora e perpetuamente.

“Ora as obras da carne são manifestas, as quais são: a fornicação, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e outras coisas semelhantes, contra as quais vos previno, como já vos preveni, que os que tais coisas praticam, não herdarão o reino de Deus.” Gl 5.19-21


Portanto, os jovens, devem decidir a quem servir. E, segundo sua escolha, colherão os frutos eternos desta escolha; seja para a eternidade de paz e regozijo ou a eternidade de tormento no lago de fogo e enxofre.

Qual é a sua escolha?

domingo, 9 de julho de 2017

O que fazer depois da Conversão???



O que fazer depois da conversão de alguém que não conhecia o Altíssimo, que vivia morto em seu vazio existencial, uma vida ‘morta’ sem sentido, buscando preencher sua alma com os prazeres carnais. Se converte ao ouvir a voz do Espírito, se quebranta, o coração sente algo que nunca sentira antes, valores que, até então, não os conhecia. Se converte e passa a viver de forma santa, caminhando de maneira totalmente oposta ao mundo, cheio do Espírito do Senhor, frequentando a Casa do Senhor com alegria.

Mas, então vem a questão: o que fazer depois da conversão? Viver se santificando?
O que fazer depois da conversão? Esperar a volta do Senhor?

Me vem à mente o ‘ide’.
Ecoa ide, ‘ide, fazei discípulos’ (Mt 28.19)

A (grande) missão da Igreja é: ir e fazer discípulos; que receberão a missão e serão os próximos discipuladores. A igreja existe para adorar o Senhor e, alcançar o perdido, tornando-o discipulo/discipulador. Isso é Igreja! É cíclico.

Quando alguém se converte, começa a frequentar uma denominação cristã, com sua liturgia de culto, seus ritos e símbolos. Porém, Igreja, não é tão somente isso; mas é muito mais que isso. Se analisarmos a história da igreja, desde Atos 2, perceberemos que não havia essa ideia que temos de igreja como um local ‘social’ de cultuar ao Senhor. A igreja era a união dos servos (agora filhos) independente de onde estavam, eram a Igreja.
A visão ‘minha’ denominação não existia, havia um povo que vivia e pregava Cristo. Um povo que creu que Jesus era (é) o Cristo. Um povo que tinha sua vida pautada nos ensinos do Mestre. Eles eram identificados por serem seguidores do Caminho (Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho Jo 14.6). Foram chamados de cristãos por serem/viverem como Cristo.
Não havia a distinção entre Paulo, Pedro, Timóteo, Lucas ou qualquer outro discípulo, pois; o centro de tudo residia em um tão somente, Jesus o Senhor. Não havia cristão reformado, pentecostal, neopentecostal, ortodoxo, luterano, batista, metodista, enfim. Não estou criticando as denominações, em absoluto. O que desejo é que cada cristão obedeça ao Senhor, no que tange ‘ser’ Igreja. Muitos de nós, chamados de cristão, não temos entendido que o Senhor não nos chamou para ficarmos entre quatro paredes (as quais chamamos ‘igreja’), mas para sermos Igreja; aquela qual tem uma promessa que nos qualifica à vitória no IDE de Jesus, que é ‘edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela’ (Mt 16.18).

Isso denota que o inferno tenta fechar as portas para que não avancemos contra e, possamos saquear trazendo os despojos da guerra; neste caso pessoas. São seres humanos que estão aprisionados em cadeias infernais, vidas que satanás tem trazido acorrentado. E, há somente uma forma de alcançar os perdidos, que é a obediência na convocação do Mestre quando o mesmo nos manda ‘‘ide, fazei discípulos’.

Não há Igreja denominacional (embora haja ‘i’greja denominacional). A Igreja é o corpo mítico de Cristo (que é a cabeça). E, fazendo a leitura bíblica percebe-se (é evidente) que Jesus, quando aqui esteve, se preocupou em pregar/ensinar para que as pessoas fossem libertas das forças das trevas. Se estudamos as Escrituras, ficará evidente e urgente, que devemos sair das quatro paredes e irmos até o perdido. Não foi isso que Jesus fez quando desceu/saiu da morada celestial? Desceu até nós (perdidos) e pregou trazendo a salvação? Não é isso a vontade do Senhor? Que se vá até o perdido? Não é isso o IDE do Senhor à Igreja?

Muitos de nós entendemos o IDE de Jesus como um chamado à Igreja, porém, não é um chamado, antes é, uma ORDEM. O chamado é ao perdido ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei’ (Mt 11.28). Mas, a questão é ‘como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?’ (Rm 10.14).
E quem é que prega, senão a Igreja?

Então, o que fazer depois da conversão?
Senão, ir até o perdido e direcionar o Caminho?

Fica este texto para reflexão da Igreja.
Vagner Oliveira